O fascínio pelos anos sessenta para mim é infinito. Nada será capaz de superá-los. Nem mesmo chegar próximo. Está certo, próximo sim, há bandas de grande qualidade ou já fazem parte do passado como a REM, para apenas citar um exemplo. Lá de trás, o Focus é o nome. Os holandeses criaram em 1969 a semente do que seria de fato o Focus como grupo. Thijs Van Leer o líder que imprimiu novos conceitos e estéticas em suas extensas composições instrumentais, sempre providas de improvisações marcantes, com várias nuances eruditas. É possível identificar Monteverdi, Bach em canções como “Eruption” ou “Carnival Fugue” e passagens nítidas do Renascimento em “Anonymus II”. Essa história é um pouco mais adiante, porque no início, o Focus estava mais para o Traffic e com uma formação diferente do começo dos anos 70, quando definitivamente se insere na universo musical, contando com a guitarra preciosa e mágica de Jan Akkerman, a bateria de Pierre Van der Linden e o baixo de Cyril Havermans. Então, o Focus se assume inclusive como Focus na identidade, e chega às paradas Moving Waves com a clássica “Hocus Pocus”. Daí em diante, muita coisa acontece, os nomes vão se alternando, os desentendimentos são maiores que as convergências, e ainda assim gravando discos memoráveis. Muitas outras vezes se reencontraram, claro que não com os mesmos músicos da origem, e se apresentam pelo mundo adentro. Focus é sinônimo do melhor do rock progressivo.
Abaixo, uma discografia básica de estúdio, há outros ao vivo aqui não listados:
- In and Out of Focus (janeiro de 1971)
- Moving Waves (outubro de 1971)
- Focus III (novembro de 1972)
- Hamburger Concerto (maio de 1974)
- Mother Focus (outubro de 1975)
- Ship of Memories (setembro de 1977)
- Focus con Proby (janeiro de 1978)
- Focus (agosto de 1985)
- Focus 8 (janeiro de 2003)
- Focus 9/New Skin (2006)
- Focus X (2012)
www.youtube.com/watch?v=RFDW9b_ejfI
www.youtube.com/watch?v=bYVrWWO84Us
Foto capturada na Internet.