Sting: Nothing Like the Sun

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Sting, ao sair do The Police, tem sido produtivo e desenvolvido sua criatividade em fases bem definidas. Nem sempre o resultado alcança todas as estrelas possíveis, mas deixa marcas. Nothing Like the Sun é um álbum curioso. Não nos gêneros em que flerta de forma explícita – jazz e rock – mas pela repercussão. Lembro de ter lido em alguma revista, o nome perdeu-se há muito em minha memória, de encontra-lo em um lista dos piores discos de todos os tempos. E olha que na relação estava trabalho dos Beatles. No entanto, como tenho lá minhas reservas quanto a listas, ainda mais de melhores ou piores, eu sempre gostei desse Sting despojado. E em particular esse tem o crivo da sua participação pelas América do Sul com a Anistia Internacional e momentos confessionais, em função da partida de sua mãe. Um trabalho emotivo, para dentro. E também que coloca as coisas em lugares, como em “They dance alone”, em função à época ainda os reflexos da ditadura chilena de Augusto Pinochet. E as composições ganham muitas conotações a partir de seu sentimento interior e os acompanhamentos atestam o quanto Sting acerta em Nothing. Algumas músicas, como “Fragile” foram também, não neste disco, cantadas em língua portuguesa ou em espanhol. Nomes como Mark Knopfler, Eric Clapton, Ruben Blades, Dil Evans, Manu Katché, Branford Marsalis, Mark Egan, Andy Summers e outros mais asseguram a qualidade e o peso das canções. Sério, comprometido, afetivo e consciente, Sting produziu uma obra sensível e próxima da realidade de então.