Um álbum pisciano – março de 1971 a data de sua vinda ao mundo. Talvez o melhor de todos os outros gravados pelo Yes. Tem, com certeza, sua melhor formação: Jon Anderson (vocais e percussão), Chris Squire (baixo e vocais), Steve Howe (guitarra, violão e vocais), Tony Kaye (piano, órgão) e Bill Bruford (bateria). Seu nascimento estava previsto para o outono do ano anterior, mas nada deu certo. As canções, os arranjos, a saída do guitarrista Peter Banks e a pressão maior. O mundo do lado de fora recebia com apreensão a guerra entre a Índia e o Paquistão. Um cenário triste. O grupo ensaiou à exaustão cada composição, a chegada de Howe deu novo ânimo, e de repente as harmonias, os vocais, as conjunções todas passaram a conspirar a favor do Yes. De um rio passaram a mar com naturalidade. E o virtuosismo de cada um foi se revelando com mais espaço e as sensibilidades ultrapassaram os limites da pele. O rock progressivo ganhara um disco soberbo, com mudanças de ritmos, clima e estilo, vocais envolventes e a guitarra de Steve acaricia cada melodia de forma inexplicável. Uma força inevitável no Yes fez a transformação. E quem ganha somos nós. O disco é atual, presente, denso, caudaloso do seu melhor significado e sentido e nos abraça, olhando para dentro de nós. Um disco que rompe com todas as distâncias e é referência em qualquer lugar do mundo. Não esqueça: The Yes Album.