Para o Sérgio Napp

imageSair alguns dias de Porto Alegre apenas para deixar o tempo correr apressado, como é sua característica, e eu a passos lentos, ficando para trás, foi uma decisão acertada e todo o meu interior exigia. A serra do Rio Grande do Sul é linda, europeia em sua formação, e simplesmente gosto daqui como fosse minha casa. Nesses poucos dias aqui por enquanto chuva, frio, café bem quente, o tinto convidando, as pessoas nos cafés felizes. Hoje o dia amanheceu ensolarado, pedindo para ser explorado. Será.

Mas, ontem, quando a chuva insistia em cair, soube da partida em definitivo do Sérgio Napp. Amigo desde sempre, colega de trabalho, escritor, poeta, compositor. Algo quebrou no que ainda me resta de tantas perdas nesses dois anos passados. Um silêncio me habita triste também, sem a sua gritaria feita de clichês. O Sérgio sempre foi daquelas pessoas que estão presentes e fazem de tudo para a vida ser mais suave e poética. A falta que já faz palavra alguma descreve. Deixo aqui Assis, lugar de paz e harmonia como uma homenagem ao Sérgio e toda minha amizade abraçando-o onde estiver.

Neste pequeno pc não consigo anexar sua música então sugiro que busquem no YouTube a canção Desgarrados, a mais bela letra do Sul do
Brasil.

De volta, deixo na voz de Victor Hugo “Desgarrados”.