Em uma das “calles” próximas ao Mercado del Puerto, as paredes eram convidativas ao olhar. Cartazes instigantes faziam as pessoas pararem. Os olhares convergiam. As imagens e as palavras também. Como ficar indiferente? Então, ao lado, sentados como se nada mais existisse além dos dois, pai e filha conversavam. Sobre o quê, não sei. Eu, silencioso, apenas pensei em tomar uma decisão. E tomei. Fotografei as paredes e os dois.
Nas paredes de Montevidéu, refleti sobre mim mesmo. E, depois, sem ter mais em que pensar, troquei o nome do mercado para Mercado del Pueblo. No meu imaginário, claro.
Fotos: Chronosfer