A primeira reação ao escutar o nome de Brad Mehldau é pianista de jazz. O que não deixa de ser verdade. Desde cedo estudou piano, primeiro os clássicos, depois o ingresso nas escolas entre elas a Berklee College of Music e a New School for Jazz & Contemporary Music. Teve brilhantes professores. Mas, quando frequentava a New School for Social Research que Jimmy Cobb o convidou a integrar sua banda. Jazz. Depois, a lista de nomes cresceu: Joshua Redman, Charlie Haden, Lee Konitz; gravou com Wayne Shorter, John Scofield e Charles Lloyd. Passos importantes para nos anos 90 criar o seu trio com o baixista Larry Grenadier e o baterista Jeff Ballard. E os discos foram chegando. Sempre com repertório clássico do jazz, com uma leitura muito particular e especial de Mehldau. Por vezes, ao escutar seu piano, fica a sensação de que os demais instrumentos são apenas acessórios, complementos, sem demérito algum aos grandes instrumentistas que o acompanham. Brad é capaz de fazer de cada tecla do seu piano um campo semeado de texturas únicas. Influências de Schubert, Oscar Peterson, Keith Jarret, Miles Davis, John Coltrane e uma inapropriada comparação com o “jeito” de tocar com Bill Evans, podem ser o início de uma explicação para o que é Brad Mehldau. Em torno das improvisações, seu talento se transforma e o piano passa a ser muito mais que um instrumento. universal, também se alimenta da música brasileira para suas composições e arranjos. Qualquer disco de Mehldau – The Art of The Trio – é um presente daqueles que a gente guarda para ocasiões muitos especiais. Sua música é poesia.
Foto: capturada no site http://www.bradmehldau.com