A transversalidade da música com outras expressões e sensibilidades: o cinema, o rádio, o estúdio, o público, a densidade de um festival, a solidão do músico. E nós, cada um com seu jeito de ser, vivendo juntos essa leveza das harmonias em nossas vidas.
Tim Buckley viveu pouco tempo. Aos 28 anos deixou para trás a vida e todo o talento, por vezes incompreendido, do seu folk/rock do início de sua carreira à maneira de Bob Dylan. Oouco depois, a sonoridade foi se transformando até chegar ao cool jazz, certamente influenciado por Miles Davis, no magnífico Happy Sad de 1969. Seu disco é uma profunda reflexão sobre o amor, lembranças, encontros, distantes avenidas em que as melodias vão também marcando encontro com sua sensibilidade. Seus trabalhos seguintes continuaram com as linhas do jazz porém, mais próximo do fim, retorna ao pop. O pai de Jeff Buckley, também partiu cedo, deixou um legado de harmonia e beleza a ser guardado bem fundo dentro de nós.