Turfe: O amor pelos cavalos de corrida

Rio Volga 1

Hoje, um ano e três meses de ausência. A saudade é o sentimento que jamais abandona. E é ela que mantém a memória acesa para o que os olhos descansam. Há muito, ainda, dentro de mim. Ao rever seu depoimento feito anos antes, quando dos seus 80 anos – partiu com 82 – está a passagem que fez com que ele amasse os cavalos. E deles e com eles construiu a sua vida, a sua família. Abaixo, uma pequena parte do que disse com o brilho aguado do amor que alicerçou tudo o que viveu.

Rossano e cavalos

“Meu pai tinha cavalos de carroças e gostava de cancha reta. Nascido no Uruguai e de lá veio com uma tropa de cavalos para vender ao Exército. Veio, casou e ficou. No verão, a família ia para o Cassino pois na época era muito difícil conseguir emprego, então comprou um pedaço de terra e começou a vender leite e carne aos veranistas. Nasci no Cassino por isso, a família trabalhando e em dezembro, verão nasci. Em 41 minha mãe faleceu, e meu pai foi trabalhar no Swift, e eu e meus irmãos fomos para o colégio dos padres salesianos. O destino é caprichoso, eu já era apaixonado por cavalos. Meu pai teve um acidente, ficou muito tempo no hospital. E nós internos no colégio. Em um domingo que reservo ao destino, os padres nos levaram a passear, naqueles antigos bondes abertos, nos levaram ao prado da Vila São Miguel. Eu fiquei transtornado, não sei a expressão que digo. Desde sete, oito anos montava os cavalos lá nas retas do Cassino, olhei os cavalos, os jóqueis fardados e era assim, o número um era blusa branca, o dois vermelha, o três azul, o quatro amarela….fiquei ainda mais apaixonado. No dia seguinte, no momento da missa disse ao meu irmão mais velho, Antônio, que iria fugir. A porta abriu e saí. Fui em direção ao prado pela estrada do Coester, que existe até hoje, levei o dia inteiro caminhando para chegar. Vi uma casarão, na Vila Matadouro, que era uma cocheira, estava um rapaz trabalhando e entrei e pedi para trabalhar. Pelo meu tamanho não fui aceito, mas chegou um castelhano, que era treinador, Darci Casser, e disse que pela casa e comida poderia ficar. Fiquei. Limpava as cocheiras, esse tipo de trabalho. Em 42, minha irmã, coisa do destino mesmo, casou com um ex-jóquei e então treinador, Dirceu Antunes, que me empurrou ainda mais para o prado. Meu pai estava saindo do hospital e quando soube que havia fugido me levou de volta ao Cassino e retornei ao colégio. No verão daquele ano, um senhor chamado Luis Pelhos, representante da Vinícola Garibaldi, de Pelotas, e era amigo do meu pai me levou para lá – Pelotas – para sair do prado e estudar. Mas, antes de ir, eu andava nas cocheiras do Dirceu e um dia montei uma égua chamada Madresilva e fui até onde eram realizados os treinos e meu cunhado não gostou do treinamento dela e mandou a égua de volta para a cocheira. Esse o detalhe é extraordinário, mandou de volta a égua e ela voltou, eu gritando e quando chegamos o portão estava fechado e ela parou e eu cai. Ela abriu e entrou. No dia seguinte eu já estava levando os cavalos para caminhar na água, pois em Rio Grande é muito comum fazer isso para curar os boletos, os joelhos.

Em Pelotas, ia estudar não lembro se no Gonzaga ou Pelotense. Era época da guerra, e atiravam muitas pedras nas casas dos alemães, a gurizada fazia isso e eu entrava junto. Certo domingo, o senhor Luís nos levou a passear e vai justamente à Tablada. Estava me seguindo o prado. Na segunda pela manhã a esposa desse senhor me pediu para levar a correspondência para ele no escritório e no meio do caminho voltei. Era fevereiro ou março, ainda não havia começado as aulas e o que fiz: como tinha algum dinheiro no bolso, peguei o saco de roupas, hoje é a mochila, e fui para ferroviária. Não tinha trem, mas passaria um carro-motor vindo de Bagé às oito da noite. Fiquei o dia inteiro esperando. Quando cheguei, minha irmã quase enlouqueceu. Três ou quatro dias depois, meu pai foi visitar o neto recém-nascido e me levou de volta ao Cassino. E me disse que se eu quisesse ficar com os cavalos que fosse para o Chuí, onde havia uma fazenda de uns amigos dele. Pensei em fugir de novo, mas não foi possível, não lembro bem, mas a minha irmã chorou e acabei ficando nas cocheiras do senhor Miguel Pereira na Vila São Miguel. Já tinha treze anos quando o Dirceu, conhecido como Morcilhão, levou cavalos para correr em Pelotas. Fiquei em Rio Grande, até que um dia chega um senhor e me leva para correr cancha-reta, tiro livre, lá no Senandes. E ganhei. Foi a primeira corrida e a primeira vitória, mas não vale, era apenas cancha-reta. Um jóquei, Ademar Cunha, o Chilinga, resolveu inscrever uma égua que trabalhava todos os dias, Alfaciana, o peso era 44 kg e não tinha jóquei com menos peso e a minha irmã disse “bota o Maruca”, como me chamavam, e tirei a matrícula de aprendiz de terceira. Foi a primeira vez que montei. Isso foi em 44, ainda com doze anos, não tinha bota e pedi ao Dinarte, colega de trabalho, também aprendiz que me emprestou depois. Tem uma fotografia dessa primeira vez que montei e eu estava sem as botas. Minha primeira corrida oficial como jóquei em Rio Grande. Tudo era muito difícil, longe.”

amor pelos cavalos 2 (fotografia)

Todos os dias 26 de cada mês, a coluna “Das cocheiras do Stud Mario Rossano” estará presente com uma passagem da vida de Mário Rossano, cuja presença e exemplo permanecem intactos.

Exclusivo: O predomínio que vem dos Andes

Liberal 1

Passados alguns dias após a grande disputa do dia 14 em Palermo, o GP Latinoamericano 2015 continua rendendo comentários e reflexões sobre o resultado, a vitória extraordinário do Peruano Liberal (foto acima) e como o Mário Rozano esteve em Buenos Aires, cobrindo o evento maior do turfe continental, ele nos passa, com exclusividade, suas impressões sobre a prova e seu desfecho. Ao titular do De Turfe um Pouco (http://mariorozanodeturfeumpouco.blogspot.com) agradecemos a valiosa contribuição e desejamos que os turfistas aproveitem o que há de melhor em corridas de cavalos em seu site e eventualmente por aqui.

De turfe um pouco

O PREDOMÍNIO QUE VEM DOS ANDES
O andino Liberal (Meal Penalty) Impôs condições sobre Dont Worry com Win “Maravilla” Talaverano espetacular…
As últimas seis edições do evento continental, promovido pela Organización Latinoamericana de Fomento del Pura Sangre de Carrera – OSAF, entidade mater do turfe na América do Sul – Chile e Peru se alternaram nas conquistas, tanto como locais, com BelleWatling (2010) no Club Hípico de Santiago; Sabor a Triunfo (2013) no Hipódromo Chile e o norte americano com as cores do Perú, Lideris (2014) em Monterrico; ou como visitantes indigestos iniciando a série com Bradock (2011) em San Isidro e Quick Casablanca (2013) no Argentino, culminando neste ano com a incontestável vitória do potro Liberal sobre os 2.100 metros do Argentino de Palermo.
O representante argentino em 2007, Good Report (URU) no aprazível cenário do El Bosque, registrou a quinta e derradeira vitória da Argentina na justa continental.
Cinco postulantes argentinos integraram o moderno Starting Gate irlandês, na condição de favoritos ao pódio máximo. Após muita discussão para completar a nomeação, os nomes de Ídolo Porteño, Interdetto, Blood Money, Papa Inc e Dont Worry foram confirmados.
Contudo, desde o inicio da semana era corrente que o titular dos GGPP Dardo Rocha e Carlos Pellegrini, Ídolo Porteño, plebiscitado por antecipação, não mostrava nos ensaios finais a disposição de outrora. Entretanto, o fato não provocou na crônica local qualquer apreensão, e, sobretudo nos aficionados que o elegeram com cotação de $2,70 por unidade na prova -, e a convicção do quinto impacto argentino crescia na medida dos aprontes, sobretudo com o ótimo e regular Dont Worry.
O consenso indicava os potros Alex Rossi e Liberal pela hípica andina como inimigos em potencial. Ainda que o potro Liberal apresentasse resquícios de um corte no boleto esquerdo produzido no boxe de Monterrico. Porém com assistência veterinária permanente, liberal trabalhou sem nada sentir.
O Chile, mesmo desfalcado do Derby Winner de Valparaíso, Il Campione e do vencedor do prestigioso St Leger, Southern Cat, sempre poderosos na competição, apresentavam sua principal carta: Katmai.
Hielo, o brasileiro e double-event do GP Ramirez, um crioulo do Haras Di Celius, com as cores orientais e preparo do múltiplo campeão Pico Perdomo, movimentou as matinais em Palermo. O uruguaio Generoso da ecurie Phillipson, causava curiosidade pela sua campanha inexpressiva e fechar a raia era uma certeza para as cores verde e amarela.
Desde os vamos, a carreira foi dominada pelo potro Alex Rossi ($17,70), seguindo pelo ligeiro Blood Money, que não reprisou anteriores; Ídolo Porteño, logo recolhido pelo Ricardo, Interdetto ($7,20) e Liberal ($9,15), com Win Talaverano especulando os dianteiros, Katmai e Hielo algo atrasado, e assim percorreram a reta oposta sem variantes. Com Alex Rossi preservando a dianteira contornaram a última curva, com Katmai ($45,80) avançado pela cerca e Ídolo Porteño desalojando Iterdetto por fora aspirava à ponta e no inicio da etapa final. No último furlog a cena recebeu novo colorido e Dont Worry ($6,95) pelo meio da raia engolia os rivais e as 17 mil almas presentes começavam a comemorar. Katmai (Scat Daddy) por dentro sustentava o segundo posto, enquanto Ídolo Porteño (Jump Start) não respondia e, mais aberto em insinuante e avassalador sprint surgiu Liberal para se impor no epilogo com meio pescoço sobre Dont Worry Worry (Sultry Song) com um assustado Rodrigo Blanco que não entendeu o que estava se passando. Todo o tramite registrado em 2’09”81/100 com parciais de 24’44, 45’98, 1’12’97 e 1’37”71. O quinteto da tabela com recompensas se completou com o pacemaker inca Alex Rossi (Freud).

Liberal 2

Liberal, um castanho de três anos, filho de Meal Penalty (USA) em Democracia (PER) por Play The Gold (USA), de criação do Haras Los Azahares e crédito da quadra The Fathers (PER). Notável campanha de Liberal, com oito exibições públicas, cinco vitórias (quatro clássicos, dois de graduação máxima; Derby Nacional e GP Latino Americano, um grupo três, Henrique Meiggs, além da 2ª colocação na Polla de Potrillos-G1).

Por Mário Rozano

Fotos: HAPSA – Hipódromo Argentino de Palermo.

Em Palermo, Buenos Aires, hoje é dia de GP Latinoamericano

Como já havia escrito antes, o meu irmão Mário Rozano é o turfista da família, e que mantém com sucesso reconhecido em toda a América do Sul o blog http://mariorozanodeturfeumpouco.blogspot.com , e está lá, em Buenos Aires, na cobertura do Grande Prêmio Latinoamericano. Abaixo, uma pequena coleção de notas sobre o dia de hoje, que podem melhor conferidas no De Turfe Um Pouco.

De turfe um pouco

IDOLO PORTEÑO por la gloria del Latino

Jornada extraordinaria con la disputa del Latinoamericano. Un programa de 17 carreras desde las 13:00 hs. hasta las 21:40 hs para este Sábado 14 de Marzo en el Hipódromo Argentino de Palermo. La prueba más importante del día se corre en 10mo turno (18:00 hs) y se trata del XXXI Gran Premio Asociación Latinoamericana de Jockey Clubes e Hipódromos G1, para todo caballo de 3 años y más edad, SPC nominados por el país miembro, a peso por edad, sobre la distancia de 2100m de pista de arena. Son 13 los competidores que prometen salir de partidores. El candidato de Turf y Apuestas será IDOLO PORTEÑO (60 kg) (Jump Start), que ostenta el Gran Premio Dardo Rocha G1 2400m cuando superara por 5 cp a RIO VETTEL, y el Gran Premio Carlos Pellegrini G1 2400m césped, venciendo por 4 cp a SOY CARAMBOLO. En suma, el entrenado por Alfredo Gaitán Dassie de la caballeriza “Haras Cachagua” es el “caballo de la carrera”, no obstante dar ventajas ya que no corre desde mediados de Diciembre del año pasado.

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Gran Premio Latinoamericano 2015
Gran Premio Latinoamericano. Palermo. Imagen © Hapsa

Como enemigo ubicamos a DONT WORRY (61 kg) (Sultry Song), que se mostró a punto en su última victoria aquí en Palermo adjudicándose un Clásico Listado por 5 cp sobre el potrillo REINALDO SAND. Seguimos con INTERDETTO (55,5 kg) (Roman Ruler), del cual se espera su mejor versión aquí en la misma cancha que perdiera la Polla de Potrillos G1 y el Gran Premio Nacional G1 frente a EL MOISES. Y cerramos la cuatrifecta con el puntero BLOOD MONEY (60 kg) (Not For Sale), de polémica clasificación pero con calidad como para estar a la altura de las circunstancias; y PAPA INC (60 kg) (Include), que llega en desventaja tras haber tenido que correr una carrera más, ya que tuvo que clasificar doblemente para este compromiso, ganando en La Plata en forma consecutiva dos G2.

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Gran Premio Latinoamericano 2015 ratificados
Gran Premio Latinoamericano G1 2100m arena. Palermo. Imagen © Hapsa

Clásico Saturnino J. Unzué G2

En 6to turno (15:45 hs) se corre el Clásico Saturnino J. Unzué G2, para potrancas nacidas desde el 1ro de Julio de 2012, sobre la distancia de 1200m de pista de arena. Aquí son 9 las ratificadas. Nuestra candidata será WAY OF LIVING (55 kg) (Hurricane Cat), la más ganadora del lote con tres victorias en 4 salidas y el mérito de haberse adjudicado el Clásico Carlos Casares G3 1000m, superando por 3 cp a CRY BABY KEY. La enemiga es SALSA BRAVA KEY (55 kg) (Key Deputy), de exitoso debut al vencer por 7 cp a ABSENTA SAM, y con concepto superlativo entre su gente, no obstante la falta de roce. Armamos la cuatrifecta con DOÑA COPADA (55 kg) (Emperor Richard), a la que el alargue en la distancia le vendrá bárbaro; y con STAY CALM (55 kg) (Dynamix), ganadora al debutar en este tiro y pista.

Clásico Santiago Luro G2

En 8vo turno (16:45 hs) se corre el Clásico Santiago Luro G2, para potrillos nacidos desde el 1ro de Julio de 2012, sobre la distancia de 1200m de pista de arena. Son 10 los ratificados. Nuestro voto será para EL BILLARISTA (55 kg) (El Corredor), que procede de ganar el Clásico Guillermo Kemmis G3 1000m superando por 3 cp a STORMY KOKETO. Como enemigo ubicamos a ANTILLON (55 kg) (Easing Along), que hizo “corrida” para este compromiso al ganar debutando por 9 cps. La cuatrifecta se completa con GOTEANDO KEY (55 kg) (Key Deputy), con el sello de “El Alfalfar”; y CEREZO (55 kg) (Roman Ruler), otro que causó inmejorable impresión al ganar en su estreno.

Clásico Otoño G2

En 12do turno (19:10 hs) se corre el Clásico Otoño G2, para todo caballo de 3 años y más edad, a peso por edad, sobre la distancia de 2000m de pista de arena. Nos quedamos con REINALDO SAND (56 kg) (Footstepsinthesand), que viene de llegar 2do a 5 cp de DONT WORRY con un jockey que lo apuró demasiado al entrenado por Juan Bianchi de la caballeriza “Doña Licha” (Perú). Para enemigo gusta FADE OUT (61 kg) (Equal Stripes) que anda corriendo bárbaro aunque procede de un nivel inferior. Para la cuatrifecta sirve SEATTLE CAP (56 kg) (Seattle Fitz), que adquirió fogueo con su 3er puesto en el Vicente Dupuy G3 en La Punta, San Luis; y finalizamos con ORDAK DAN (61 kg) (Hidden Truth), de gran recuperación perdiendo un Clásico Listado y un G1 frente a ALMA DE ACERO, ambas sobre el pasto, aunque aquí en la arena deja muchas dudas.

Clásico Arturo R. y Arturo Bullrich G2 2000m

En 14to turno (20:10 hs) se corre el Clásico Arturo R. y Arturo Bullrich G2, para yeguas de 3 años y más edad, a peso por edad, sobre la distancia de 2000m de pista de arena. Son 11 las competidoras y nuestra candidata será KALITHEA (56 kg) (Exchange Rate), que viene de fallar en la Copa de Plata G1 2000m sobre el césped llegando 6ta a 4 cp de PRETTY GIRL, pero todo lo anterior aquí en la arena había sido notable adjudicándose el Campos G2; la Polla de Potrancas G1; y el Gran Premio Selección G1. La enemiga es MARY’S GOLD (60 kg) (Mutakddim), que aquí supo vencer a SOCIOLOGA INC en las Estrellas Distaff G1. Armamos la cuatrifecta con PERUGIA TOP (60 kg) (Giant’s Causeway) que copó el Bosque en base a calidad y guapeza; y ALWAYS RULER (61 kg) (Roman Ruler), con experiencia de sobra.
Pronósticos para hoy:

Prueba jerárquica
6ta) Nr.6 WAY OF LIVING (Lance). Ver comentario.
8va) Nr.9 EL BILLARISTA (Lance). Ver comentario.
10ma) Nr.3 IDOLO PORTEÑO (Lance). Ver comentario.
12da) Nr.10 REINALDO SAND (Lance). Ver comentario.
14ta) Nr.9 KALITHEA (Lance). Ver comentario.

Miguitas de Pan (El camino a las de cobro…)
por Hansel

9na) Nr.2 ENZO STRIPES

¡Aciertos para todos!


Postado por Mário Rozano no DE TURFE UM POUCO… em 3/14/2015 09:40:00 AM

Em Buenos Aires, hoje, o GP Carlos Pellegrini: acompanhe

RATIFICADOS JORNADA INTERNACIONAL 
CARLOS PELLEGRINI

 
O maior dos grandes prêmios de corridas de cavalos será realizado hoje na pista de grama de San Isidro. Os programas das principais provas estão acima. E você poderá acompanhar ao vivo de acordo com a nota abaixo:
 
 HIPÓDROMO DE SAN ISIDRO INFORMACIÓN DE PRENSA 

El Hipódromo de San Isidro informa que hoy, desde las 11AM podrán disfrutar de una Transmisión en VIVO desde el Centro de Entrenamiento del HSI, con la mejor previa de la Jornada Internacional 2014.

La emisión incluirá versiones históricas del Gran Premio Internacional Carlos Pellegrini como así también entrevistas con los protagonistas de la máxima fiesta del turf Sudamericano.

Notas, información de último momento, declaraciones y mucho más en una emisión en directo sin precedentes.

El evento se podrá ver en la página WEB del HSI y estará disponible -en directo- en www.hipodromosanisidro.com.ar

 

Pablo C. Carrizo

Jefe de Prensa y Comunicación – Hipódromo de San Isidro

 

Os turfistas que aqui chegarem ou os que gostam de corridas de cavalos poderão acompanhar os grandes prêmios da reunião de hoje e também ter acesso ao material que será produzido por Mário Rozano no http://www.mariorozanodeturfeumpouco.blogspot.com, por Marcelo Fébula e Gustavo Lopecito López no http://www.lospingos.com.ar, com  Pablo F. Gallo na Revista Todo a Ganador, e Marco Oliveira no Jornal do Turfe, esse publicado mais tarde, com os comentários e reflexões sobre a grande disputa, que estão presentes no evento. Programa imperdível do turfe da América do Sul.

Los Pingos de Todos

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Por vezes, como agora, continuo em 1961. A diferença traduzida em 53 anos, não me tornou em 2014 um turfista da nata. Bem que o pai fez de tudo para que eu me tornasse. E o quanto o acompanhei, em especial como treinador, não se faz presente além das lembranças e das palavras. Inesquecíveis. O Mário, meu irmão mais velho, não, ele seguiu e segue com brilho esse caminho. Ou seria por essas raias da nossa América? E com ele, os amigos que também estão se tornando meus amigos: Marcelo Fébula, Pablo Gallo, Marco Oliveira. Amigos maiúsculos, pela presença. E Gustavo Lopecito López, a quem apenas a geografia impõe a ausência do abraço. Amigo.

O Mário, lá com o seu http://www.mariorozanodeturfeumpouco.blogspot.com, o Marcelo e seus textos que penetram fundo (Un retrato al óleo em el Bar El Chino é algo fantástico) no http://www.lospingos.com.ar, o Pablo e sua profundidade no Todo a Ganador e o Marco, Historiador não permite que a gente deixe para trás a memória dos nossos hipódromos e seus protagonistas no Jornal do Turfe. E o Gustavo, me acolhendo com muita sensibilidade nos Pingos, espaço nobre que não mereço. Entre os amigos sou quase um penetra, filho de jóquei e treinador, irmão de especialista em turfe, amigo de outros também especialistas. Sou exatamente o que sempre fui, um observador. Atento, porém observador.

Contar aqui toda a história do meu Bento inesquecível é desnecessária. Seus desdobramentos na vida real até abril passado também. A bem da verdade, toda a crônica é verdadeira, nenhuma palavra foi metáfora ou inventada. Ainda tenho guardadas as bolinhas de gude, apenas não sei mais quem era a Ouropombo ou qual seria a do Lord Chanel? Não sei responder. Sei apenas que estão em minha história de vida e pude compartilhar quando da 106ª Edição do GP Bento Gonçalves. E agora, com a tradução do Marcelo, ganha outras cores, e com a generosidade do Gustavo, ganha o mundo no Los Pingos de Todos. Não sei o que mais posso dizer, as palavras saem desencontradas, feito redemoinho intenso dentro de mim. Mas sei que todos vocês, são parte da minha história e fico feliz em ter essa consciência. Obrigado, Mário, Marcelo, Pablo, Marco e Gustavo por me devolverem meus sete anos e toda uma vida que não se encerrou no já distante 1961.

http://www.youtube.com/watch?v=G9RS2BkbqHw

 

Foto: Chronosfer