The Doors: Morrison Hotel

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Uma retorno às raízes. Talvez seja a melhor definição para Morrison Hotel, quinto álbum na lista de sua discografia. Um quê de blues, rock, a participação de John Sebastian, que esteve em Woodstock, com sua harmônica e o Doors seguiu em frente. também é a ponta do iceberg sonoro que viria a ser L.A. Woman, seu próximo disco. Um disco que percorre nossa pele com intensidade. The Doors. Grande banda.

Fotografia: Glaciar Perito Moreno – Patagônia Argentina

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Dedicado a meu pai Mário Rossano, hoje 2 anos e 10 meses de sua partida, e a meu irmão Mário, também hoje 5 meses que nos deixou. Ao contemplar Perito Moreno a paz se instala e não sai mais. É como a saudade.

Fotos: Chronosfer

 

Rhiannon Giddens: Freedom Highway

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Freedom Highway é um disco de forma, para muitos, convencional. Mas, nele, o que menos importa talvez seja a forma e sim o conteúdo. Rhianna Giddens faz uma intensa viagem pela história, pela tradição, pela norte-americana. Não apenas nas letras e sim e sobretudo na estética sonora, que é afro-americana. Atravessar através do folk, do blues, do soul, do country, do gospel, do r&b, do bluegrass faz da violinista, que tem no banjo seu outro instrumento, é uma proposta ousada e rica. Algo como a opressão deu lugar a liberdade. É um álbum que não apresenta conclusões sobre a vida, mas refelete seus passos, suas idas e vindas, a relação que oprime e a que liberta, o que continua igual, o que deve avançar em nível de humanidade. Um trabalho maduro e sensível.

 

Larry Coryell: *19.02.2017

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Mais uma perda que chega para nos entristecer. Larry Coryell é (não, o foi não vale) uma lenda do jazz e, em especial, da fusão do jazz com outros gêneros. De repente, ás notas improvisadas da sua guitarra nasciam acordes de rock, de psicodelia. Não por acaso seus companheiros de tantas canções: John McLaughlin e Chick Corea.  Soube, como poucos, fazer de suas harmonias paisagens abstratas sem se afastar da realidade da vida. Cada trabalho, é isso, uma vida. A dele e a nossa. Juntas.

Foto: site News All About Jazz

Radiohead: Ok Computer

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Os ingleses liderados por Thom Yorke nasceram nos anos 80, mas a partir dos 90 a fama foi alcançada. Por merecimento. Grupo que, sem medo, ousou pelo rock alternativos – seus primeiros passos – e depois passou a flertes explícitos com o jazz e o eletrônico, guitarras mais pesadas e o acústico tecendo belas melodias e letras atualíssimas. Alguns momentos do grupo.

Coco Nelegatti: Hoy en día

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Uma dupla de violão e violino formada por Coco Nelegatti e Jansen Folkers dão texturas e nuances sensíveis ao tango. Por vezes, acompanhados por um quarteto de cordas visitam um repertório que abraço o passado, o presente e lança um virtuoso olhar para o futuro. Clássicos como “Sur”, “Malena” e “El día que me quieras” estão ao lado de “Tango a mi padre” e “Hoy en día” para completar o grupo de músicas “Mañana vemos”. O tempo não dividido e sim entrelaço como uma sequência indissociável que o próprio tempo impõe a cada um viver. Nelegatti e Folkers transformaram em belas camadas de harmonias. Cabe-nos vivê-las.