Deixar o gosto em segundo plano é exercício quase radical quando o texto é sobre Leonard Cohen. Aos 82 anos, o canadense mantém intacto seu jeito Leonard Cohen de ser. Recita suas letras/poemas, poemas/letras, com a mesma intensidade do Festival da Ilha de Wight de 1970. (Está certo, a passagem dos anos fez com que a voz ficasse mais dramática.) You want it darker talvez seja seu último registro em vida, já que afirma estar pronto para partir. É um disco em que Cohen se volta para dentro de sim mesmo, faz confissões, há arrependimentos, dúvidas, religiosidade, e um acento consigo mesmo. São nove faixas, pouco mais de 35 minutos em que revela seu interior intenso e a emoção em cada faixa se multiplica. Leonard Cohen. É o suficiente. Basta colocar o álbum no player e deixar seguir o seu caminho.
Eu não gosto do Cohen, nem do Dylan, mas vc apresentá-la de uma maneira q me sobra pelo menos respeito.
Cohen e Dylan são como duas paralelas: encontram-se no infinito. Obrigado pelas palavras. Meu abraço.