Mário Rozano * 26.09.2016

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A noite de 26 ainda dava suas primeiras voltas em seu turno diário quando meu irmão Mário partiu. Agora, a manhã vai atravessando as horas com a lentidão de quem não tem urgência alguma e a dor vai percorrendo cada parte de mim. O Mário é – não, não vou usar o passado – a memória da minha, da nossa infância. A que ainda não alcanço. Está com ele, esperando a minha chegada um dia. A foto acima é coisa dele (está à direita de quem olha a fotografia). Dois anos atrás, no mesmo setembro, havia o desafio entre Russel Baze e Jorge Ricardo, os dois maiores jóqueis vencedores do mundo do turfe. Levou-me para fazer as fotos e escrever algum texto sobre o evento. Conheci naquele dia o Marcelo Fébula, a esquerda, de quem me tornei amigo e ele está todos os meses por aqui com seus textos. E o Pablo Gallo, que também aumentou minha lista de amigos fraternos. Desde então criamos um hábito: todas as semanas duas ou três vezes nos encontrávamos para um café no centro da cidade ou em algum bairro ou no hipódromo. E as lembranças criando mais laços. Estes, nunca desfeitos. E jamais serão. Chronosfer ficará em silêncio alguns dias.

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Acima o seu blog de turfe: http://mariorozanodeturfeumpouco.blogspot.com

A edição, contém depoimentos dos amigos que fez pela América do Sul, pelo hipódromos que frequentou e cujo significado era a sua vida.

 

 

 

 

 

 

Futebol: Aqueles gols de Paulo Silas

O futebol sempre esteve presente na infância de meu irmão e da minha. O pai, quando não estava com seus compromissos no Jockey, fazia um roteiro pelos estádios de Porto Alegre e assistíamos a jogos do Grêmio, Cruzeiro, São José e Internacional. O Mário seguiu as cores do tricolor Mosqueteiro e eu o vermelho do Saci. Um Gre-Nal criado em casa de forma natural e simples. E hoje, mais um dia 26, mais um mês da partida do pai, o Marcelo Fébula envia esse texto sobre o Silas, que jogou no meu Internacional e treinou o Grêmio do meu irmão. Se esses tempos ainda que no passado estão tão presentes, a leitura dessa passagem de Silas pela Argentina é um motivo de viver mais o futuro. Obrigado, Marcelo.

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Não me lembro de inventar algum pretexto para sair do trabalho naquela terça-feira. Talvez dissesse a verdade a meu chefe Antônio, fá do futebol como eu e capaz de fazer qualquer coisa por seu amado time Chacarita Juniors. Uma hora antes do jogo eu já estava na tribuna popular, tão lotada que era quase impossível até ascender um cigarro. San Lorenzo tinha logrado o último título na primeira divisão do futebol argentino em 1974, abrindo a partir dai o período mais escuro de sua história. Em 1979 sofreu a perdida de seu Gasómetro, e permaneceu quase duas décadas alugando campos alheios até construir sua casa nova. Em 1981 foi o primeiro time grande da Argentina em descer a segunda divisão, drama esportivo que da mão de sua fenomenal e fiel torcida trocou em um fenómeno de multidões que transcendeu o âmbito do futebol. Os Corvos tinham uma resistência à prova de balas para se recuperar de todo, mas o tempo transcorrido desde a última conquista era uma carrega cada vez mais pesada, e a ansiedade tornava-se insuportável. O time lutava com frequência até as instancias finais dos torneios, havia se consagrado vice-campeão algumas vezes e participado da Copa Libertadores, mas o ansiado título não chegava. E aqui estávamos outra vez os fãs, com nossas esperanças renovadas, nos começos de um dos torneios de 1994, recebendo em nosso estádio ao grande rival Boca Juniors, os Bosteros. A expectativa era muita, porque além da importância do clássico o clube tinha contratado um brasileiro chamado Paulo Silas que faria seu estreia. O jogo foi mal, muito lutado. Lembro que num momento, em uma ação no meio do campo onde vários jogadores disputavam a bola como se fossem jogadores de rúgbi, o Paulo Silas interveio dando um fortíssimo chute as alturas.

-Cuidado o avião! –disse um fã.

-Não vai perder a bola na rua, que o clube está muito pobre! –contribuiu outro.

Um velho fã que estava perto não riu com as brincadeiras. Só comentou:

-O Negro é craque.

Entre os risos, ninguém prestou muita atenção ao comentário. Mas o velho continuou sério e voltou a dizer em voz alta, para que escutáramos bem:

-O Negro é craque.

As ações continuaram iguais, a partida tinha destino de empate em zero. Mas quando restava pouco tempo para o final, San Lorenzo avançou pela ponta esquerda, superpovoada. Alguém subitamente iluminado viu ao Paulo Silas esperando solitário pelo lado direito, e enviou a bola para ele. A recebeu com tranquilidade, como se estivesse jogando no quintal do fundo da casa com seus sobrinhos. Levantou a testa e primeiro deixou fora da ação a um defensor com um pequeno toque para um costado. Depois chutou com suavidade. A bola fez uma curva, ficando fora do alcance do goleiro, e ingressou no arco pelo ângulo inferior direito. A tribuna popular explodiu enquanto Paulo corria a dedicar o gol a seus companheiros da banca. O velho, por momentos sepultado baixo outros fãs no meio do festejo, gritava:

-Eu disse, o Negro é craque, merda! O Negro é craque!

O jogo terminou 1-0, como o tema de Pixinguinha. San Lorenzo voltava a iniciar um torneio como um dos principais candidatos. Ao dia seguinte um periódico titularia: “Silas veio, tocou e ganhou”.

Assim havia passado a estreia de quem seria um dos máximos ídolos da história do clube. Quando cheguei a minha casa desde o estádio meu pai, voltando do trabalho, perguntou:

-Como foi o jogo?

-Feio. Ganhamos com um golaço, e nada mais.

-E como joga o Negro?

-É brasileiro.

Rogelio entendia. Vindo de mim, aquelas duas palavras eram suficiente definição. Sempre fui um grande admirador do futebol de Brasil. Basta dizer que uma das maiores tristezas que sofri como fá do futebol não foi provocada pelo San Lorenzo nem pela Seleção Argentina, se não pela eliminação de Brasil na copa de Espanha 82. Também foi triste para mim o que lhes aconteceu na copa de México, e muito frustrante ver como mudaram seu histórico estilo na de Itália, quando tinham como treinador a Lazaroni. Naquele torneio de 1994 e depois daquela estreia Silas não conseguiu ter regularidade, prejudicado por lesões. Uma de suas voltas ao campo se daria no jogo em que San Lorenzo visitou ao River Plate, depois de um intervalo pela copa mundial de USA. Mas quando se disputou essa partida, eu já era outra pessoa.

Rogelio morreu muito jovem, poucos meses depois daquela partida definida com o golaço de Silas. Nos primeiros tempos depois de sua morte fiquei refugiado em minha casa entre o violão, o gin e os textos de outro Corvo, o escritor Osvaldo Soriano. Sentia-me muito identificado com sua literatura porque ele escrevia com freqüência sobre a figura do pai e sobre sua paixão pelo San Lorenzo. Assim, uma tarde, chegou o primeiro jogo que nosso time disputaria logo da copa do mundo de USA, também o primeiro depois da morte de meu pai.

Coloquei gin no copo, acendi um cigarro, e sintonizei na pequena rádio à equipe de jornalistas que faziam as transmissões das partidas de San Lorenzo. Quando o relator contou que as camisetas azuis e vermelhas saiam ao campo, as lágrimas assaltaram meus olhos entre mil lembranças. Lá no estádio Monumental do bairro de Núñez o velho Ciclón se aprestava a disputar um jogo com um novo fã torcendo desde o céu.

Ante o poderoso River Plate, a partir da metade dos ‘70 os jogos sempre foram muito difíceis para San Lorenzo, e muito mais quando os Corvos visitavam O Galinheiro. E aquele não foi uma exceção, difícil e com resolução incerta. Com o marcador empatado em zero, desde a banca e voltando de uma de suas lesões, ingressou Paulo Silas.

Num momento o relator disse: “Recebe a bola Silas no meio do campo…” Tomou a bola no meio, sobre o lado esquerdo, e simplesmente foi esquivando a todos os que queriam pará-lo, deixando meio time rival no caminho. Chegou até a porta da área grande, levantou a testa, olhou ao goleiro ocupando o centro do arco, e chutou. A bola fez uma curva e, inalcançável, ingressou pelo lado esquerdo do arco, a meia altura. Paulo correu a dedicar a conquista à torcida, que delirava lá no alto do estádio.

Aquele, o primeiro gol de San Lorenzo depois da morte de meu pai, quedaria na história de San Lorenzo como um dos melhores de todos os tempos. Em algum momento River empatou, e no último minuto nosso goleiro Oscar Passet se vestiu de herói detendo um pênalti que houvesse significado a derrota. Mas o que ficara por sempre na minha memória será aquele relato saindo da rádio. “Recebe a bola Silas no meio do campo, elude um, dois, avança em diagonal, elude outro, e outro mais! Fica perto da meia lua, elude outro…”

Notas

 

– Finalmente San Lorenzo não conquistou aquele torneio de 1994. Voltou a sair vice-campeão no seguinte, e só chegou ao tão ansiado título em 1995, depois de 21 anos. Paulo Silas foi um dos maiores artífices dessa conquista, o número dez indiscutível daquele time e uns dos melhores números dez na história do clube.

– Corvos é o apelido dos fãs de San Lorenzo. O clube foi fundado por um grupo de meninos liderado por um padre da ordem dos Salesianos, no bairro de Almagro, Buenos Aires, em 1º de Abril de 1908. A vestimenta característica dos padres nesses tempos era a sotaina preta, vestimenta pela qual eram chamados popularmente corvos.

– Galinhas é um dos apelidos dos fãs de River Plate, e Galinheiroseu estádio, o Monumental. River é o time mais ganhador da historia do futebol argentino, mas conseguiu esse apelido quando atravessou um período de 18 anos sem títulos de campeão, terminando segundo muitas vezes e perdendo finais.

– Ciclón é um dos apelidos do time San Lorenzo.

– Gasómetro foi o apelido do velho estádio de madeira de San Lorenzo, que ficava em Avenida La Plata, coração do bairro de Boedo. O clube em 1993 inaugurou seu estádio atual, que é chamado O Novo Gasómetro. Na atualidade muitas pessoas trabalham pela volta do estádio a seu lugar original.

– Bosteros é o apelido dos fãs de Boca Juniors. Seu estádio, chamado La Bombonera pela semelhança com uma caixa de bombons, fica no bairro de La Boca e muito perto da beira do Riachuelo, um pequeno rio poluído que é o limite sul da cidade de Buenos Aires. Os times rivais chamam de bosteros aos fãs de Boca pelo cheiro de bosta que durante muitos anos saia do rio e se respirava no estádio.

– Em Argentina o adjetivo negro não tem só conotações racistas como em outros países. Aqui amistosamente é chamado de negrotodo aquele que não é loiro, embora não tenha nenhuma ascendência com africanos ou índios. Chamar a uma pessoa denegro pode expressar tanto naturalidade e amizade como ofensa, depende da intenção de quem fala.

– Ovaldo Soriano (Mar del Plata, 6/1/43 – Buenos Aires, 29/1/97) foi um jornalista e escritor argentino, reconhecido pelo público e pela crítica internacional. Fumante inveterado, coruja de noite, militante de partidos de esquerda e grande fã de San Lorenzo, escreveu as romances Triste, Solitario y Final (1973), No habrá más penas ni olvido (1978), Cuarteles de Invierno (1980), A sus plantas rendido un león (1986), Una sombra ya pronto serás (1990), El Ojo de la Patria (1992) e La Hora sin Sombra (1995). Também contos e artigos agrupados nos volumes El Negro de París (1989), Artistas, Locos y Criminales (1984), Rebeldes, Soñadores y Fugitivos (1988), Cuentos de los Años Felices (1993), Piratas, Fantasmas y Dinosaurios (1996), Arqueros, Ilusionistas y Goleadores (1998) e Cómicos, Tiranos y Leyendas (1995).

– Paulo Silas do Prado Pereira (Campinas, 27/8/65) foi jogador professional de futebol em clubes de Brasil, Portugal, Uruguai, Itália, Argentina e Japão. Também foi integrante das Seleções Juvenil e Maior de seu país, e participou nas copas do mundo de 1986 e 1990. Foi campeão em Brasil com sua seleção e com os times São Paulo, SC Internacional e Atlético Paranaense. Em Argentina com San Lorenzo. Como treinador, conseguiu títulos em Brasil com Grêmio e Ceará, e em Catar com Al-Arabi e Al-Gharafa.

 

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Passenger: Young as the morning old as the sea

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Discos alternativos que caminham para o folk e estão no guarda-chuva chamado índie surpreendem pela diversidade e muitas outras vezes pela força que se apresentam. Passenger chega dos estúdios com Young as the morning old as the sea celebrando o seu jeito folk e interiozidado de suas letras na voz de Mike Rosenberg, também compositor. Então, o acústico e mesmo a guitarra elétrica ganham eloquência na poesia que desfila soberana pelas dez faixas do álbum. Pode-se aqui e ali fazer alguma comparação, até mesmo com o bardo Van Morrison ou com nuances de R&B, pouco importa, o que importa é que Young... é denso, inspirado, um chamado para ser ouvido, escutado com calma e várias vezes. Como agora.

Jake Shimabukuro: Sunday Morning

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É possível um instrumentos de quatro cordas e de recursos limitados se tornar ilimitado e como se tivesse pelo menos, digamos, as seis cordas convencionais de um violão? A resposta mais provável seria um não. O seria fica por conta de Jake Shimabukuro. Pois, o filho nascido em Honolulu, Hawaii, deu ao instrumento uma dimensão que Jimi Hendrix deu à sua guitarra elétrica. Sem nenhum exagero a comparação. Desde então o pequeno ukelele e Jake formam uma dupla em que o blues, o jazz, o funk, o clássico, o bluegrass ou o folk não são mais desafios impossíveis. Falante antes de começar a tocar, vale a pena a espera pelas harmonias que oferece. Talento que envolve e transforma essas horas por vezes lentas do dia a dia.

Quique Sinesi:

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Instrumentista e compositor nascido em Buenos Aires, Quique Sinesi é uma síntese do que melhor e mais sensível se produz no Prata. Com seu fluxo criativo combinando elementos do folclore, do tango e do candombe uruguaio introduz largas faixas de influências do jazz e da música clássica. Dono de uma discografia respeitável, Sinesi percorre essas águas platinas e oceanos do mundo com natural e espontânea força que suas composições não têm fronteiras. Nem desejamos. Microtangos é um espaço que abre novas perspectivas para o tango e para a música. Virtuose na “guitarra”, desfila o tradicional e o novo com a mesma riqueza e colhe seus frutos. Também nossos.

 

Ali Farka Toure: The Source

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O blues. África. Mali. Ali Farka Toure. A conjunção de todos formam um todo cujas raízes se espalham pelo mundo. Ry Cooder o havia trazido para o lado de cá com Talking Timbuktu ainda que Toure já há muito caminhasse por nossas terras com seu blues ora elétrico ora acústico, sempre com a pureza dos tecidos africanos em suas melodias. The Source é vigoroso. Comovente. Rico. Alma. Coração. Veias. Tem muito e tem tudo que a origem vive. Traz junto Taj Mahal em sintonia. A música é a própria terra onde fecundam as sensibilidades da vida.

John Mayall & Bluesbreakers

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O blues dos anos 60, na Inglaterra, passa por John Mayall. Melhor, é através de Mayall que ganha músculos e densidade. Um grupo também formador de instrumentistas de altíssimo nível: Eric Clapton, Jack Bruce, Mick Taylor estiveram com os Bluesbreakers. Criou uma obra impressionante sob todos os pontos que se possa olhar. Quase infinita em tamanho físico, incomensurável por dentro. Discos emblemáticos, mais que uma época registrada é uma forma de expressar a vida que cada canção. John Mayall é daqueles que se eternizam e suas raízes se espalham pelas terras e gerações nascem em suas harmonias e texturas.

 

Madeleine Peyroux: Secular Hymns

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Secular Hymns o novo disco de Madeleine Peyroux chega com novidades. Gravado na Igreja Santa maria Virgem em Oxfordshire, Inglaterra, traz um repertório que foge do conceito mais tradicional do jazz que costuma ser sua pele. Acostuma a fazer leituras muito pessoais de temas de Bob Dylan e Leonard Cohen, para ficar nesses dois, Madeleine investe em um trio onde ela é a voz principal e o violão, a guitarra elétrica e os vocais de apoio ficam com Joe Herington e Barak Mori, esse no baixo. Bom,acho que se você imaginar que está em um bairro formado por dez ruas, e precisa de uma guia para conhecê-lo, Madeleine o fará sem problema algum. Pouco mais de 30 minutos depois você passará por canções escritas por Tom Waits, Allen Toussaint, Townes Van Zandt, Sister Rosetta Tharpe, Willie Dixon. Homenagens sinceras e densas a Bob Marley,  Billie Holliday, Marlene Dietrich, enfim um passeio por essas ruas de folk, reggae, cabaret, funk, e, óbvio, jazz. Disco fabuloso. Voz extraordinária.

 

Badfinger: Day after day

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Badfinger não foi apenas uma banda que lá pelos sessenta apareceu e Paul McCartney gostou e assinaram com a Apple, gravadora dos Beatles. Pete Ham, Tom Evans, Joey Molland, não exatamente desde o início, quando ainda eram chamados The Iveys, mostraram na virada para os setenta muita qualidade. Ainda no começo dos seus passos, abriram shows dos Yardbirds, The Who e Moody Blues. Muito peso, muita responsabilidade. O insucesso inicial foi uma lacuna preenchida por Paul e  sua composição “Come and get it”. Sucesso.  E então o Badfinger lança alguns discos que até hoje frequentam nossas memória e história (desculpem a rima). Porém, os anos passaram e dentro da hospedagem que a década de 70 oferecia, Ham desistiu de viver. O grupo seguiu até não suportar mais. Deixaram um legado para o rock/pop de canções emblemáticas como “Day after day”, “Baby blue” e “No matter what”. Participaram do mágico Concerto para Bangladesh, do extraordinário All Things Must Pass do George Harrison, que também os produziu e do primeiro “single” de Ringo Starr. Badfinger é um nome que sem dúvida é ainda uma referência de um tempo que aos poucos se afasta dentro do próprio tempo, mas que permanecem dentro de nós para sempre.

 

Rickie Lee Jones: Pop Pop

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A transição entre os anos 70 e 80 traz na mochila desse tempo muito talento e sensibilidade. Rickie Lee Jones se situa nesse espaço, ainda no em 73, para alçar voos mais altos com o seu Rickie Lee Jones de 1979, com forte influência de Tom Waits. A partir da estreia, seus caminhos diversificaram, sem perder o rumo, e carimbaram seu estilo entre o folk e o rock e um namoro escancarado com o jazz. Pode-se ficar escutando seus discos com a profundidade que Rickie merece e ao mesmo tempo cada um iniciar um roteiro de texturas harmônicas indispensáveis.