John McLaughlin: Jazz, Flamenco,… & Rock

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De passagem por Porto Alegre, John McLaughlin é um guitarrista que você, ao escutá-lo, fecha os olhos e cria imagens inesquecíveis. Não há espaço para o vazio em suas composições. Capaz de estar lado a lado com os mais diversos gêneros, é através dessa fusão que sua sonoridade ganhou vida. Afinal, estar com Miles Davis, Al Di Meola, Paco De Lucia, Mahavishnu Orchestra, Shakti, e a música indiana, é um mundo que atravessa as fronteiras do jazz, flamenco, do místico, do rock. Sem concessões. Apenas sensibilidade, talento, virtuosismo. John McLaughlin. O nome diz tudo.

Foto: jazzsign/LebrechtMusic&Arts/Corbis

 

Shannon LaBrie: War & Peace

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Nashville é conhecida como sinônimo de country e folk. E, de alguma ou de todas as formas, nomes como Bob Dylan, Joan Baez – para ficar apenas nesses dois – cruzaram por seu caminho. Shannon LaBrie desafia essa essência, sem perder o rumo. Ingressa no universo da guerra e da paz interior. É esse o caminho que segue. É o que procura dizer. As guerras interiores do ser humano, a paz que cada um vive, suas pequenas(grandes) tragédias, a política, que converge ou não, o sonho, a vida. Shannon desliza por essas almas todas e segue em frente. Bom em todos os sentidos.

 

 

Mercedes Sosa, Nito Mestre & León Gieco

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Uma grande canção. Uma grande e extraordinária voz. Dois músicos e compositores de grande densidade. E “La colina de la vida” ganha cores infinitas. Assim como tantas que o trio ofereceu a todos nós, ou com os brasileiros Gal, Caetano, Chico e Milton ou ainda com Joan Baez,  cada um com jeito de ser.

 

Chromatics: Kill for love

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A mescla de gêneros acentua a diversidade com que os músicos e vocais do Chromatics viajam através das sonoridades. De uma banda “barulhenta” a canções com letras e ritmos mais reflexivos, mais suaves, passam pelo pós-punk, pelo eletrônico, pelo rock com virtuosismo. Há camadas inteiras de sons que se acumulam e despertam em outras texturas que alimentam ainda mais o imaginário contido nas letras. Kill for love é um disco assim, repleto de nuances e sabores diversos. Pronto para ser degustado.

 

Bianca Gismonti Trio: Primeiro Céu

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Ser filha de Egberto Gismonti não é a única credencial de Bianca. Ao contrário, ainda que tenha o DNA, é o talento que rege seus caminhos na música. Seja com Claudia Castelo Branco no GisBranco ou com Julio Falavigna e Antonio Porto, formando o Trio. E vai transitando por tantas influências, a começar, óbvio pelo pai, porém com a diversidade com que viveu pelo mundo. Nada escapa da sua percepção e sensibilidade. Primeiro céu, com convidados como Jane Duboc, José Staneck, Jessé Sadoc e Paula santoro, traduz com excelência suas texturas e nervos. E se transforma em uma linguagem universal com toda a sua luminosidade.

Nei Lisboa: Translúcido

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O Nei Lisboa é dos maiores compositores e intérpretes do nosso sul brasileiro. Cáustico, romântico, sarcástico, bem-humorado, lúcido, sensato, sensível, talentoso, conhece como ninguém a linguagem de todos nós. Seu jeito silencioso diz muito. Diz tudo. Gravado em disco maravilhoso por Simone Capeto (Bom Futuro) teve sua obra visitada por Ná Ozzetti em recente projeto da UFRGS, que até hoje espera a gravação se tornar disco tamanha a densidade e encontro entre ambos. Nei é (trans) lúcido. Basta ouvir suas canções.

 

Guillo Espel en el Teatro Colón

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Guillo Espel é compositor, pesquisador e instrumentista incansável. Faz da junção dos gêneros – erudito, tango, música popular, folclore – sua vertente, seu ponto de partida para as harmonias que nascem ao natural. Foge da massificação e traduz o trabalho com toques de sofisticação sem criar, no entanto, qualquer espécie de muro separando-o do público. Talento à disposição em qualquer disco. Em cada canção. Em cada local por onde passa. Agora, chega com cd/dvd de apresentação no emblemático Teatro Colón da capital porteña. Riqueza pura o repertório, os convidados, entre eles Lito Vitale, Pablo Agri, David Lebón, Jorge De La Vega e Fernanda Morello. Pra um domingo em que a estação começa a ganhar novo nome: a sensibilidade do Guillo.