Al Di Meola é mais que um guitarrista inovador quando apareceu na cena musical dos anos 70. De um criador incansável, ele continua o mesmo, e de técnicas que nasceram com o seu jeito de tocar, está ficando para trás. E em sua bagagem, que não é pequena, acumulou a experiência necessária para o salto de qualidade que possui e se renova a cada disco. Para quem fez ou faz companhia para nomes do calibre de Paco De Lucia (já falecido), John McLaughlin, Chick Corea, Stanley Clarke, Jean-Luc Ponty, Return to Forever, ou ter como parceiros também o russo Leonid Agutin, o italiano Andrea Parodi, a húngara Eszter Horgas, o tcheco Jan Hammer, o japonês Yutaka Kobayashi e gravar discos com composições de Astor Piazzolla (Meola Plays Piazzolla) e Beatles (All Your Life) apenas consolidam sua versatilidade em qualquer gênero para além do jazz e da fusão que é a sua marca. Elysium é um álbum latino em sua concepção. Claro, e isso é inevitável, com suas nuances jazzísticas. E é exatamente nesse vasto campo da criação que Di Meola transita alguns anos sem a agressividade do jovem e com a tranquilidade de um instrumentista maduro e no seu auge. As canções se entrelaçam com tanta naturalidade e expressão que qualquer uma que você escolha o fará feliz. A unidade do disco é toda ela costurada pelo multi-instrumentista, e por seus convidados de luxo, que o acompanham com mesma pegada e ritmo. Um disco maravilhoso e indispensável.
Ele é impressionante.
E fantástico. Os discos dele, em especial dos Beatles e Piazzolla, são daqueles que a gente não para de ouvir.