Ao ler uma crítica sobre o disco Time (The Revelator) em que o autor apenas afirmava que se trata de um disco de country, um disco de canções rurais, sombrio e que a autora é natural de Los Angeles e que isso poderia incomodar os mais puristas, ele logo arremata dizendo que não deveria incomodar. E tem razão Ross Fortune. É um trabalho sim com o gosto e o cheiro das montanhas, deliciosamente selvagem e perturbador e, sobretudo, belo. Gillian é autêntica em seu lento e suave tocar e sua voz parecer deslizar pelos campos da vida com toda a densidade de sua alma. Acompanhada por um guitarrista de primeira, David Rawlings, as canções fluem de tal maneira que pouco importa quando foi o ano do seu lançamento (2001), pois soa atual e sua riqueza transcende o tempo. A dupla enraíza ainda mais a música norte-américa em um levada poética onde as harmonias do violão casam à perfeição com as vocais de Welch e suas letras densas. Ross disse que Time “é um som profundo como uma mina e sombriamente escuro.” Assino junto com o crítico. Vale cada canção de Gillian o nosso tempo. (aqui, uma pequena coletânea com Gillian)
Sim. “deliciosamente selvagem e perturbador e, sobretudo, belo”. sim.
Um grande abraço Fernando.
sim. exatamente isso. o meu abraço.