as mãos tecem os fios. ásperas, quase insensíveis ao toque, entrelaçam cada um da trama.
tem pressa. marca a passagem dos dias no calendário de parede. as horas são contadas pela sombra em pedaços no chão. desconhece a noite. uma vela brilha na peça. olha a janela, ouve o ruído do dia sem mover os músculos da face. o que acaba de criar alcança exatos dois metros.
está pronta, avisa.
quando o sol se põe, a porta abre.
entre as paredes, a corda silencia os segundos que escapam da memória.
Foto: Fernando Rozano
http://www.youtube.com/watch?v=STlLJxLUHOg
Música: Mark Knopfler
Não sei nem o que dizer diante da beleza e profundidade desse texto. Viajei.
as tramas que o texto nos proporciona e que se transformam em pequenas outras tramas e histórias. e com elas viajamos. meu abraço forte.