Hoje, quando os brasileiros estarão escolhendo o seu futuro, para qual direção seguir, e o contar das horas se tornar mais ansioso e medo e também alegria ou tristeza; hoje, 26 de outubro, são seis meses de ausência de Mario Rossano, meu pai. A dor permanece, dilacera meus nervos, estraçalha meus pensamentos, enfraquece o coração. Uma galáxia inteira de palavras não resume tampouco expressa tudo o que meus irmãos e eu estamos sentindo. Sempre, ao longo de toda a minha já longa vida, ouvi dizer que a única certeza que temos é a morte. Afirmo que não. A grande e exclusiva certeza é a dor da ausência. É saber que não vou mais escutar a voz dos nossos queridos, mãe e pai, que nos deixaram e que nos habitam no cotidiano. Mas, também é desta certeza que nos alimentamos, pois ainda que dor, sabemos que estão juntos e nós com eles assim como eles em nós. Continuamos, mãe e pai, porque vocês nos ensinaram a viver e a fazer cada partícula desse imenso universo de dias que cada um deles seja vivido com dignidade. Sentimos muito orgulho de terem sido os nossos pais.
No topo do post, reprodução da capa do livro Dá-lhe Rossano!, editado por meu irmão Mario, quando dos seus oitenta anos (foto acima, quando do seu lançamento em 2011 durante o GP Bento Gonçalves.)
Na história do Hipódromo do Cristal: vencendo com Duelo a corrida inaugural, em novembro de 1959.
Com Marvin, em 1970, a sua última apresentação pública.
Família Rossano em entrevista à Revista do Globo, anos sessenta.
Vencendo clássico com Rio Volga, no antigo e saudoso Hipódromo dos Moinhos de Vento.
Ainda jovem, saindo da adolescência, treinando Albornoz no Moinhos de Vento.
Fotos: Acervo pessoal de Mario Rozano.
Fernando, caro hermano, notável e emocionante registro de uma perda irreparável que vai permanecer nos nossos corações e na memória eternamente.
Ana, Fernando, Mário Rossano e Sra, Mário Rozano. Bonita família. Belíssima história.
e muita saudade dos “viejos”.